Retrato íntimo para os ouvidos
A partir de uma base melódica contemplativa e experimental, Sue Sue abraça o hip-hop, o trap e a música eletrônica para cantar diários-canções inclusos no EP “Meu”, lançado em março.
Ainda que carregue uma base melódica mais contemplativa — daquelas para ouvir esparramado no gramado —, há algo na música de Sue Sue que pede baixinho, ao pé do ouvido: “Vem dançar comigo, vem?” As composições feitas em cima de beats acrescidos de uma guitarra aqui ou ali refletem a mistura de referências da moça, que inclui pop, hip-hop, trap e, principalmente, black music. “Meu tio tinha um selo, o Five Special, e dava bailinhos black nos anos 1980 e 1990. Cresci ouvindo Diana Ross, James Brown e Jorge Ben Jor”, conta a cantora, hoje com 28 anos. Autora do EP “Meu”, lançado em março, na segunda edição do MiniMECA, Sue canta sobre seu universo particular. “A minha música é uma busca para eu me entender e também uma forma de me apresentar ao mundo”, explica. “É como um audiorretrato”, brinca . As criações vêm de poemas dela ou trechos escritos nos diários que ela mantém desde menina — mas ressoam em qualquer um. “Acordei Sorrindo”, por exemplo, fala sobre estar apaixonado e querer uma pessoa a qualquer custo, e, de repente, perceber que o que deseja mesmo é ficar consigo mesmo. Já “Words” é um incentivo para correr atrás dos sonhos apesar das tesouradas da vida adulta. “Demorei para começar a fazer música porque ouvia que era um mercado muito difícil. Mas pensei: “e daí?”
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Assim como a cerveja, que há mais de um século tem sua receita inalterada, a Bud acredita em pessoas autênticas, genuínas e que fazem as coisas do seu próprio jeito. Alguns desses exemplos estão nesta página!